LEVADA DA TORRE

 

A levada da torre era utilizada para regar os campos de cultivo. Também esta tem uma lenda associada contada pelos mais velhos e que vai passando para gerações seguintes. Contam que essa levada foi construída numa noite e que teve a sua origem numa aposta entre as pessoas do lugar da Torre, em Tarouquela, e as pessoas do lugar de Saímes, em Espadanedo. Segundo a lenda, se estes últimos conseguissem construir a levada, levantar um moinho, moer os cereais e cozer o pão numa só noite, a água seria deles durante a semana desde o primeiro dia de março até setembro e o outro lugar só a teria ao fim de semana. Não sei se foi verdade ou não, o que sei é que a água corre pela levada de março a setembro para regar os campos do lugar de Saímes e que no verão o percurso até à nascente se torna num passeio muito agradável.

 

AS FONTES

 

As fontes também eram muito importantes uma vez que não havia água ao domicílio e por essa razão as mulheres iam à fonte com os seus cântaros à cabeça para trazerem água para casa. Também utilizavam os tanques comunitários para lavar a roupa. Alguns destes foram preservados pela junta de freguesia, como por exemplo, as fontes do povo e da Chousa, em Saímes, e a fonte da Ribeirinha, em Pousada, onde podemos beber água fresca quando percorremos os caminhos da aldeia.

 

A PRAIA FLUVIAL DA GRANJA

 

A praia fluvial da Granja, hoje utilizada no verão para dar uns mergulhos e apanhar sol, já foi, noutros tempos, utilizada para atracar os barcos rabelos que carregavam os produtos produzidos pelos agricultores e madeiras para serem vendidas depois na cidade do Porto, de onde vinham os produtos para serem vendidos nas pequenas lojas ou mercearias da região. Todos estes bens eram levados por homens e mulheres até ao rio Douro que foi durante muito tempo a única via para se realizar o transporte.

 

 

OS MOINHOS

 

Os moinhos, distribuídos pela freguesia ao longo dos cursos de água, encontram-se em ruínas, são poucos os que ainda se mantêm prontos a moer os cereais e os existentes pertencem a pessoas que não os têm abertos ao público, mas é de lamentar que a freguesia não faça um esforço para preservar alguns deles para que os possamos visitar e ver como se processava a moagem dos cereais.

 

 

 


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